Projeto do Instituto de Geociências da UFBA leva exposição de fósseis para escolas baianas

 

Curiosidade e surpresa. Estas foram as palavras que definiram a experiência de estudantes e professores do Colégio Estadual Artur de Sales, localizado no bairro Pirajá, em Salvador-BA, ao conhecerem fósseis com idades de 22 mil até 670 milhões de anos, frutos da Exposição que integra o projeto “Geoarretadas: despertando a vocação de meninas para as Geociências na Bahia”, desenvolvido no Instituto de Geociências (IGEO) da UFBA.

Estudantes do Colégio Estadual Artur de Sales participam da Exposição de Fósseis 

A Exposição de Fósseis, que nasceu do projeto de extensão “Pedras e fósseis: uma história pra contar”, já foi recebida em mais de 30 localidades, incluindo escolas da capital e do interior baiano. Coordenada pela professora Simone Moraes, do IGEO/UFBA, a iniciativa busca difundir conhecimentos paleontológicos entre estudantes e docentes do ensino básico e contribuir para a valorização do patrimônio fossilífero da Bahia. “É a maneira deles terem acesso aos fósseis e verem uma exposição, uma vez que a maioria dos municípios que foram visitados não possuem museus. E a gente nota que o conhecimento sobre Geociências é muito restrito”, expõe.

Composta por registros fósseis de seres vivos ou de evidências de suas atividades biológicas em materiais preservados, na Exposição é possível conhecer exemplares de plantas e animais, sendo que boa parte é oriunda da Bahia. “A maioria não sabe que existem fósseis no Brasil, quem dirá na Bahia. Eles ficam surpresos, principalmente quando se deparam com os fósseis de organismos marinhos, pois muitas cidades do interior não têm praias”, disse a professora Simone ao falar sobre a reação dos estudantes diante da exposição.

 

A atividade no Colégio Estadual Arthur de Sales fez parte da disciplina Geociências ministrada pela professora Rafaela Chaves. Ela explica que é fundamental que o ensino de evolução na educação básica inclua a Paleontologia. “Com a exposição a gente foge um pouco da aprendizagem baseada apenas nas imagens e textos dos livros e do quadro na sala de aula, e do que o professor descreve. Com ela os próprios estudantes constroem a noção do que é um fóssil e porque são peças tão importantes para contar a história evolutiva da vida. As exposições nas escolas despertam interesses e vocações que extrapolam o objetivo didático programado”, relata a professora.

Na Bahia existem apenas dois museus de Geociências que têm fósseis em exposição: o Museu Geológico da Bahia e o Museu de Geociências do IGEO/UFBA. Diante da escassez destes espaços, a iniciativa se configura como um importante meio de garantir que estudantes, professores e o público em geral tenham contato com este perfil de informação e se construa um diálogo constante entre escolas e universidades.

Escolas e organizações que tenham interesse em receber a exposição, podem solicitar por meio do e-mail smoraes@ufba.br.