Projeto do Instituto de Geociências da UFBA propõe reaproveitamento de resíduos da mineração do estado da Bahia

 

No último dia 20 de abril, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) assinou o convênio com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente da Bahia (Sema) e com a Cooperativa Mineral da Bahia (CMB), para execução do projeto Relux, idealizado pelo professor Dr. José  Angelo Sebastião Araujo dos Anjos, do Instituto de Geociências da UFBA.


Foto: CMB

O projeto Relux nasce da necessidade de avaliar os resíduos provenientes  da atividade de mineração, por meio de estudos científicos visando o reaproveitamento desses materiais, a começar pela região norte do Estado da Bahia, especificamente no Garimpo das Carnaíbas, localizado no município de Pindobaçu.

Nesta primeira etapa, o Reluz atuará principalmente na região do semiárido baiano, tendo em vista que é a região que contempla quase 90% da mineração na Bahia. A área piloto será os garimpos de esmeraldas, que terão seus resíduos quantificados, qualificados e posteriormente poderão ser destinados para produção de fertilizantes utilizados na agricultura familiar. Já na segunda etapa, o projeto partirá para a região sul da Bahia.

Desde de 2004 que o professor Dr. José  Angelo dedica-se às pesquisas acerca das grandes minas da Bahia, e para ele, "a partir do momento que passarmos a reutilizar os materiais oriundos das mineradoras, eles passam a ser um ativo ambiental com ganho para a sociedade e novo uso com valores econômicos. Com isso, as prefeituras e a população das regiões contempladas com o projeto terão uma nova atividade econômica”, assegura.


O professor Dr. José Angelo há quase 20 anos pesquisa sobre as grandes minas da Bahia

No ato solene de assinatura do convênio, o presidente da CMB, Humberto Meneses, falou sobre a importância da parceria e de seus benefícios para a comunidade local. “Nos sentimos honrados pelo convite e, em nome de nossos garimpeiros, dizer que estamos à disposição dos órgãos envolvidos na execução desse projeto. Quando se fala em mineração logo se pensa em uma coisa macro, mas na região das Carnaíbas existem famílias garimpeiras, que vivem hoje em uma realidade a ser conhecida, pois avançamos muito. Temos desafios ainda, muita coisa a melhorar e precisamos de apoio. Graças a Deus temos encontrado esse apoio junto ao Governo do Estado, UFBA, Inema, e muitos outros parceiros.”

Além do docente do IGEO e do presidente da CMB, estiveram presentes o vice-reitor da Universidade Federal da Bahia - Dr. Penildon Silva Filho; a coordenadora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação da UFBA - Dra. Olívia Maria Cordeiro de Oliveira;  o diretor do Instituto de Geociências da UFBA - Dr. Cristovão Brito; o secretário de estado do Meio Ambiente - Dr. Eduardo Mendonça; o professor do Instituto de Geociências - André Azevedo Klumb Oliveira; o vice-presidente da CMB- Klebison Araújo e os representantes da Secretaria Municipal da Mineração de Pindobaçu - Carlos Moitinho e Kennedy Oliveira

 

*Texto Maísa Boa Morte, com informações do site da Cooperativa Mineral da Bahia